Entrevista #11


Hoje minha entrevista é com o Marcelo Paschoalin, autor de A Última Dama do Fogo (que você pode conferir a resenha Aqui) e Eriana ( que em breve estará por aqui...rsrsrs...).
Não é por ser meu parceiro não, mas o Marcelo é super gente boa e está sempre pronto a nos ajudar e ele tem uma "filosofia" diferente quanto as resenhas e críticas, quem o acompanha no twitter (@letraimpressa), sabe do que estou falando...
Mas confiram um pouco mais sobre ele...


SnL) Conte um pouco sobre você.
M.P.: Costumo resumir minha apresentação dizendo "escritor, psicólogo, marido - não necessariamente nessa ordem," mas isso ainda não definiria quem sou. Afinal, não somos aquilo que fazemos, nem somos aquilo que nos é atribuído - ao sermos, marcamos no mundo nossa presença, revelando-nos pouco a pouco de maneiras que talvez não saibamos compreender.
Mas, se for de alguma ajuda para entender quem sou, posso dizer que sou um capricorniano de "vinte e onze" anos de idade que adora curtir os pequenos momentos da vida, trazendo um sorriso no rosto e um sonho no coração.

SnL) O que o levou a escrever.
M.P.: Eu escrevo porque as palavras dentro do meu peito precisam sair. Não consigo guardá-las, não consigo calar sua voz. Escrevo porque os sonhos que me são caros querem criar asas, guiando-me por lugares que nunca imaginei que existissem.
Eu escrevo. E por isso eu sou.

SnL)É possível um autor nacional viver somente de sua literatura.
M.P.: Possível é, mas muito difícil - ainda mais caso o gênero literário escolhido seja voltado para certos nichos. Acredito que o problema é a falta de incentivo à leitura (e à literatura nacional, mas isso é outra questão), pois o Brasil é um dos países com o menor índice de livros lidos por habitante ao ano.

SnL)Qual ou quais livros você escreveu em que você está mais presente.
M.P.: O livro em que estou mais presente foi algo que escrevi em meados de 1993 (então com treze anos de idade), intitulado "Desilusões de um jovem adolescente." Tem cerca de 90 e poucas páginas em formato A4,
escrito em Arial e encadernado em espiral.
E não, não foi publicado nem nunca será, mas é minha primeira obra literária, guardada entre meus outros escritos como uma lembrança de que toda jornada tem de ter um início.

SnL)Qual dos seus personagens você mais gosta.
M.P.: Pergunta interessante. Gosto de muitos personagens meus, mas tenho certa predileção por Gilgalas, mencionado no livro "A última Dama do Fogo" - não digo quase nada sobre ele lá, mas há muito envolvendo sua história -, e Deora, protagonista desse livro (assim como Deora cresce ao longo da narrativa, eu também cresci ao permitir que ela tomasse as rédeas do destino e criasse sua própria história, mal podendo controlá-la).

SnL)Qual ou quais livros te levaram a escrever.
M.P.: Deixe-me contar uma história. Quando eu era pequeno, assistia diversos desenhos ao voltar da escola, sobretudo os que passavam na extinta TV Manchete. Um dos que mais gostava era "A volta ao mundo em 80 dias", que passava logo após "Os três mosqueteiros".
Quando houve uma Feira do Livro (que eu acreditava ser a Bienal) aqui em Santo André-SP, meu pai me levou. Eu queria muito que ele comprasse para mim "A volta ao mundo em 80 dias". Contudo, ele só o faria sob uma condição: ele me pediu que eu lesse um dos livros que havia marcado sua juventude antes. Assenti, e ele comprou "Vinte mil léguas submarinas" e "A volta ao mundo em 80 dias".
Foi com "Vinte mil léguas submarinas" que aprendi a usar o dicionário (eu queria saber o que era uma légua, quão rápido era um nó e outras coisas). Foi o livro que abriu as portas da literatura para mim (comecei uma coleção de Julio Verne por causa disso).
"Vinte mil léguas submarinas" é o livro de que mais gosto? Não.
É o livro que mais marcou minha vida? Com absoluta certeza.

SnL)Qual gênero literário você mais aprecia
M.P.: Literatura fantástica! É quando os autores nos fazem transcender a realidade, guiando-nos para um mundo de sonhos onde tudo pode nos maravilhar.


SnL)Diga-nos qual seu autor favorito.
M.P.: Difícil escolher apenas um. Digamos que fico entre Tolkien, Herbert, Howard, Verne e Doyle, em nenhuma ordem em particular.

SnL)Que mensagem você espera passar ao escrever um livro.
M.P.: Não apenas uma mensagem, mas várias, subentendidas no simbolismo tratado no texto. Gosto de fazer com que os leitores compreendam o valor da jornada literária, não seguindo em desabalada correria para atingir o final, mas desbravando cada página como se houvesse algo a descobrir. Ainda assim, cada livro precisa de um tema, e é sobre ele que tratam os símbolos escolhidos - todavia, como tudo o que é simbólico também depende da interpretação, é a soma dos meus escritos e a vivência de cada leitor que dá forma à mensagem da obra.

Muito Obrigada pela entrevista Marcelo!!!
Adorei!!!
Aliás, esta coluna está se tornando minha preferida... é tão bom conhecer um pouco mais sobre nossos autores...
E vocês gostaram?
Bjos!!!

1 comentários :

  1. Vc tá cada vez mais craque nas entrevistas!!! Adorei!!!

    http://conversandocomdragoes.blogspot.com/

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Quero saber o que tem a dizer... um olá, um argh...tudo que me faça te conhecer um pouco mais.