Terra Ardente - Janice Diniz

Boa Noite!
Demorei a  trazer nova resenha, mas essa, além de especial é de um livro que adorei. Entrou para a lista de favoritos.
Quer conferir?
Terra Ardente - Amor e Ódio onde nem os fortes têm vez 


Edição: 1
Editora: Multifoco
ISBN: 9788579616839
Ano: 2011
Páginas: 286



Novo livro, novo estilo, nova resenha e nova surpresa.
Conheci Terra Ardente através da Janice, autora brasileira que estava a procura de parceiros para divulgação da sua série Matarana, onde Terra Ardente é o 1º livro.
Logo de cara, me apaixonei pela ideia do livro, pois ele trata sobre os "Cowboys do Cerrado"...rsrsrs... Li a sinopse, vi a capa ( que convenhamos é linda) e descobri que a cidade fictícia "está" no meu estado, Mato Grosso.
O que fazer então?
Ler e ver se tudo o que foi proposto era bom. E, "voilà"... não é bom... é incrível, maravilhoso.
Janice escreve como se pudêssemos fazer parte da história enquanto lemos. Eu lia e me sentia em Matarana, sendo amiga da Karen (porque só uma louca seria sua inimiga...rsrsrs), conhecendo  e descobrindo a verdadeira Nova, fazendo parte dessa cidade no meio do Cerrado, onde os grandes latifundiários mandam e desmandam e cujas ordens são leis.
Além da história muito bem escrita, há no livro uma certa crítica de como realmente é o "interiorzão" de Mato Grosso, onde os grandes fazendeiros fazem o que bem entendem, inclusive mantendo escravos em suas fazendas...
Aqui, pressupus que a Nova refletiu um pouco da Janice na questão de querer mostrar que no cerrado "não há lei", apenas que os poderosos detentores de terra são a Lei, pois terra aqui é dinheiro.
E, se nesse nosso cerrado existisse um xerife como Rodrigo, pelo menos teríamos esperanças na mudança. E, por falar em Rodrigo... Gsuis... que xerife é esse...Eu quero um desses pra mim. Homem decente, cumpridor de seus deveres, defensor da lei e da ordem, viúvo e ainda lindo, Fala sério!
Bem, a história começa com Karen que vive nesse mar de poeira com seu filho e avó. Tem um " condomínio de bangalôs", deve os dois maiores latifundiários da cidade e ainda por cima é amante de um deles.
"Dificilmente sentava-se à mes para refletir sobre as merdas que vinha fazendo. pensar era o delírio do corpo, o modo que ele tinha de dizer a si mesmo: não faça isso, não faça aquilo. Como um maldito chef gritando com todos na cozinha." pg. 15
Thales é um dos  latifundiários mandachuvas, além de um dos "fundadores" da cidade. É o que parece ser mais "honesto".
Rodrigo é o xerife, viúvo, amigo de Thales e de toda a cidade, sempre disposto a ajudar.
"É mais fácil viver quando seguimos o caminho certo e justo Karen, só isso." pg. 237
Franco,ou diabo loiro, é o capanga número 1 de Thales. Ele dá medo, entre outras coisas....
Nova é jornalista e foi parar em matarana seguindo o grande amor de sua vida.
"Ele sorriu. Pela primeira vez, ela viu um sorriso de verdade, amplo, quase alegre. Haviam se comunicado enfim. Dois loucos se reconheciam debaixo de um toldo branco que quase os asfixiciava..." pg 170
Um livro instigante e surpreendente.
Recomendadíssimo!!!
Esperando loucamente o próximo volume: Céu em Chamas

Sinopse:
Karen tem má fama na cidade. Envolvida com corridas de cavalo, dívidas que podem levá-la à falência e uma vida afetiva que segue a regra dos três encontros e nunca mais, ela não pode fracassar. No seu encalço, dois fazendeiros ambicionando tomarem-lhe a propriedade. Com a vida em risco e sozinha num lugar hostil, ela tenta sobreviver e cuidar da avó e do filho. Se for preciso, seduzirá o delegado de polícia de Matarana para protegê-la – um caubói da lei que se comporta como um xerife durão do velho-oeste americano. Mas Karen não é a única mulher em apuros. A jornalista Nova Monteiro investiga um latifundiário suspeito de aliciar trabalhadores. Abandonou o sudeste para ficar ao lado do homem que ama desde a infância. Um amor que tem tudo para não se concretizar. O que Nova não sabe, porém, é que, segundo boatos, a chuva de cinzas na estação do estio não é somente das queimadas, mas também dos corpos dos forasteiros que se metem com os poderosos da região. Assim, ela faz duas descobertas: que luta pela causa errada e que o amor verdadeiro é um sentimento bruto que pode nascer do medo. Matarana, a cidade das aparências, onde nem sempre o mocinho é bom e o vilão, mau. Um faroeste moderno com mulheres fortes, homens destemidos, pistoleiros, matadores de aluguel e paixões devastadoras. A humanidade posta à prova em situações-limite.
Fica a dica.
Bjos!!!

8 comentários :

  1. Como você disse, um livro diferente. As vezes eu torço o nariz para esses livros que poderiam ser 100% brasucas e mesclam coisas norte americanas, tipo cowboys do cerrado... acho que eu incorporaria os peões e jagunços mesmo XD heheheh

    Mas gostei da resenha, gosto de personagens que não são 100% lindas e fofas heheh ;)

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    1. Oi Dri,
      o livro é ótimo.
      Eu adorei, se tiver oportunidade, leia mesmo.
      Bjos!!!

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  2. Parabéns pela resenha Déia! Estou ansiosa para ler Terra Ardente! Viu o e-mail que eu te passei? Beijos!

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  3. Que bom que gostou, Andréia!! Como já lhe falei, adorei a sua análise e, principalmente, em relação à crítica social. Criei Matarana como se fosse um pedacinho do espelho que refletisse as contradições de um sistema econômico que propõe a liberdade, mas é a liberdade econômica para poucos. É claro que escolhi o cerrado, porque os verdadeiros caubóis estão lá rsrrs Há uma porção deles em Barretos também, eu sei... rsrs Visto que os gaudérios são os caubóis do sul e os jagunços do nordeste...rsr Apenas nomes, não é? O que importa é mostrar a face de todos os brasileiros, e você me ajudou nessa empreitada!!

    Força nos tamancos da literatura brasileira! ♥

    Beijão

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    1. Oi Jani, eu não gostei eu amei o livro...
      Estamos aqui pra isso é ou não é?rsrsrsrs...
      Bjos e obrigada mais uma vez pela oportunidade de leitura.

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  4. Terra ardente é um livro que promete e já entrou para minha lista.
    Bjs, Rose.

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    1. Oi Rose,
      o livro realmente é ótimo.
      Leia o quanto antes...rsrsrs...
      Bjos!!!

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Quero saber o que tem a dizer... um olá, um argh...tudo que me faça te conhecer um pouco mais.