Entrevista #10

Décima entrevista do blog... Hoje com o escritor da série A Guerra das Sombras, Jorge Tavares. Do qual li o primeiro livro O livro de Dinaer e espero ler os outros , pois o livro é muito bom... (para conferir a resenha basta clicar Aqui).


Mas vamos conhecer um pouco mais sobre o Jorge Tavares?

Confiram...


SnL) Conte um pouco sobre você.
J.T.: Nasci no Rio de Janeiro e com um ano de idade fui para o interior do Paraná. Na época do vestibular, mudei-me para Curitiba onde estudei Direito na Universidade Federal do Paraná. Depois de formado, fiz concurso para a carreira diplomática. Estou trabalhando no Itamaraty desde 2004. Atualmente, chefio o Setor Cultural da Embaixada do Brasil em Assunção. Escrevi quatro livros de ficção, que formam a série “A Guerra das Sombras”. Publiquei a primeira parte em 2006 e as seguintes em 2007 e em 2009.

SnL) O que o levou a escrever.
J.T.: Desde criança gostava de inventar histórias sem ser capaz de transformá-las em texto. Quando estava terminando a Faculdade simplesmente comecei a escrever essas histórias que povoavam minha imaginação. Era uma necessidade que eu tinha de expressar sentimentos e ideias e de escapar para um mundo além da vida cotidiana. Escrever me permitia partilhar dos sentimentos e desafios das personagens e realizar uma viagem para terras fantásticas e distantes. Criar essas histórias era e é uma fonte importante de prazer e de realização pessoal.

SnL)É possível um autor nacional viver somente de sua literatura.
J.T.: É possível, mas improvável, porque o mercado é pouco desenvolvido. Via de regra, as tiragens no Brasil, de cerca de mil e quinhentos exemplares, ainda são pequenas quando comparadas as dos países desenvolvidos. Existem, sim, casos de autores que vivem de literatura, mas são relativamente poucos.

SnL)Qual ou quais livros você escreveu em que você está mais presente.
J.T.: O autor está sempre presente nos livros que escreve. Temos que emprestar algo de nossa própria humanidade, de nossas virtudes e de nossos defeitos para que os personagens ganhem vida. Do contrário, viram caricaturas. Mas isto não quer dizer que os personagens sejam cópias do autor. Sempre misturamos outros elementos às características que emprestamos, para criar algo novo e diferente. Assim, o protagonista, Rairom, é parecido comigo em alguns aspectos e em outros muito diferente.

SnL)Qual dos seus personagens você mais gosta.
J.T.: É difícil dizer de qual eu mais gosto, porque é como o pai que escolhe entre os filhos. Há os que são mais desafiadores, como Dinaer, por exemplo. Ele é uma espécie de deus, por isso seu pensamento não é exatamente igual ao nosso. Sua perspectiva se estende para um passado distante, sua experiência supera em muito a nossa e seus poderes e possibilidades são vastos e, portanto, difíceis de conceber. Suas ações têm, portanto, que refletir esses fatos. Que motivações são importantes para alguém assim? Essa é a pergunta que eu tive que me fazer para criar a personalidade dele. Foi um processo muito interessante.

SnL)Qual ou quais livros te levaram a escrever.
J.T.: Não sei se um livro me levou a escrever, mas claro que alguns foram especialmente marcantes. Poderia citar, por exemplo, “Crime e Castigo” de Dostoievski, uma obra imortal sem dúvida. No gênero que eu escrevo, não há como fugir de “O Senhor dos Anéis”.

SnL)Qual gênero literário você mais aprecia
J.T.: Acho que o escritor deve ler todos os gêneros. Os que eu mais gosto, claro, são o que eu escrevo, a Fantasia, e seu primo-irmão, a Ficção Científica.

SnL)Diga-nos qual seu autor favorito.
J.T.: Tenho meus autores preferidos, claro. Dostoievski, por exemplo, ou Machado de Assis. Na área da literatura fantástica, destacaria Jorge Luís Borges, Gabriel Garcia Márquez, Frank Herbert, Tolkien, Neil Gaiman, Philip Pullman, entre muitos outros.

SnL)Que mensagem você espera passar ao escrever um livro.
J.T.: Não quero passar uma mensagem, no sentido de afirmar que isto é certo e aquilo é errado. Minha ideia é criar um livro em que haja perspectivas opostas em conflito, mas que eu, como escritor, não me posicione em favor de nenhuma delas. Quero, sim, lançar ideias, para que o próprio leitor possa formar suas opiniões.

Obrigado pela oportunidade da entrevista.
Abraço grande,
Jorge

Sou eu quem agradeço, Jorge. Muito obrigada mesmo!!! Adorei conhecê-lo um pouco mais.
E vocês o que acharam?
Bjos!!!

6 comentários :

  1. Gostei bastante da entrevista. E ótimo poder conhecer um pouco sobre escritores brasileiros.

    Hum...também me dispertou o interesse pelo livro dele, assim que puder vou lê-lo.

    Abraços

    Tatty'p

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  2. Adoro o Jorge!!! Super simpático!!! Adorei a entrevista flor!!!

    http://conversandocomdragoes.blogspot.com/

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  3. olá minha doce amiga!!!
    adorei a entrevista!!!!
    te gosto muito!!!
    visite meu novo cantinho:
    http://aloneinthedark30.blogspot.com/
    beijos

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  4. Otima entrevista, Deiare!
    Como sempre, né...


    bjussssss

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  5. Fico cada vez mais indignada com este nosso país sem cultura, se dá mais valor à música sertaneja, forró e estas coisas do que aos autores brilhantes que temos atualmente que lutam para ver seu trabalho ser reconhecido....mas tenho fé de que isso ainda vai mudar!!!

    Bj

    Vanvan - Balaio de Livros.

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  6. Gostei muito da entevista! =)
    Mas desisti de ler Crime e Castigo... =/
    Esse país devia ler mais...

    Beijo
    Tarsila

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Quero saber o que tem a dizer... um olá, um argh...tudo que me faça te conhecer um pouco mais.