Edição: 1
Editora: Parêntese
ISBN: 9788560507085
Ano: 2010
Páginas: 168
O livro conta com 14 histórias baseadas em fatos reais, mas "adaptadas" pelo autor, da forma que melhor retratassem o que ele queria nos mostrar.
O que eu achei interessante no livro como um todo, é que o autor não julga os "criminosos", ele relata os fatos, apresenta alguns comentários que esclarecem determinadas situações e/ou até leis, sem ser "demagogo".
Logo no prólogo, a posição do autor fica clara :
"...Longe de querer absolver ou proteger criminoso, quer o autor apenas que sejam verificadas as doenças psicológicas, na maioria dos casos patogênicas, talvez congênitas ou hereditárias, que porventura lhes dominem..." pg. 9.
O que ele, acredito eu, tenta nos mostrar é que muitas vezes, pessoas com doenças psicológicas que deveriam ser tratadas como doentes e cuidadas como tal, são considerados criminosos comuns.
Existe no livro, histórias surpreendentes, mas as que me chamaram a maior atenção foram: A vida de Morais que, de certa forma, tem um final inesperado e a passagem que mais gostei é esta:
"...Tá louco? Cacau é outro vegetal, cara. Coma e será feliz. Lembre-se sempre: a vida não deve ser uma viagem para o túmulo com a intenção de chegar lá são e salvo, bem gordinho ou bem forte, atraente e preservado. O melhor é enfiar o pé na jaca..." pg. 15
Em O Diretor, acredito que a história retrata bem a "rotina" carcerária. E a "moral" da história serve em qualquer situação.
"...Qualquer que seja a pessoa, entregue a nosso cuidado e proteção, devemos fazer por ela alguma coisa e ter a convicção absoluta que faremos alguma coisa boa por ela, sem prejuízo para nós..." pg. 126.
Já a história mais comovente pra mim foi Pobre Leonardo, que se trata da vítima que se torna "carrasco", por uma série de questões que a história mostra e te deixa abismado.
Enfim, o livro é bom, não é recomendado para menores, tem uma linguagem, às vezes, pesada, além de tratar o tema do sexo de forma despudorada, porém nada degradante, apenas real.
Sinopse:
Motivado pela sensação de ter acompanhado como “nascia um criminoso” durante seus 30 anos na lide com criminosos, o autor condensou algumas histórias quiçá interessantes que raramente se lê em jornais, revistas ou livros. Peniteniária Central é uma história que prenderá atenção do leitor e o conduzirá à imaginação do mundo criminoso por traz das grades e fora delas. Um mundo que ressalta as doenças psicogenéticas do ser humano e sua influência em nossas vidas. Nas histórias aqui narradas, veremos fatos que, de uma forma ou de outra, existiram. Talvez menos dramáticos, talvez mais, o autor só jogou com sua veia de escritor e imaginou como aconteceram os fatos e como acabaram. Veremos como o homem se adapta ao regime carcerário passivamente, como massa amorfa, sem vontade, e que se deixam moldar sobre tudo. Mário Fuão Mércio foi agente penitenciário, líder de sua escola. Orador, juramenteiro. Diretor de presídios por todo estado do Rio Grande do Sul desde 1971. Aposentou-se em 1996, quando trabalhava na delegacia penitenciária. Estudou direito, administração e filosofia com denodo e durante mais de 35 anos escreveu artigos para jornais e revistas penitenciárias.
Fica a dica...
Bjos!!!
Bjos!!!
Parece interessante!!!
ResponderExcluirhttp://www.conversandocomdragoes.blogspot.com/
Eu gostei do livro... Da para perceber que coisas bobas podem tornar pessoas comuns em criminosos!
ResponderExcluirAdoro livros de contos \o/
ResponderExcluirjá ouvi falar e achei interessante!
ResponderExcluirbj
http://blogbibliomania.blogspot.com/
interessante o livro ...
ResponderExcluirgosto de ler coisas mais reais também!
ótima recomendação
Quero saber se o livro fala sobre a infância dos criminosos.
ResponderExcluirAlgumas histórias se reportam a infância em vilas de papeleiros e desasistidas pelos governos.Outras na vida do campo, prostituição das cidades e envolvimento de adolescentes que se tornaram criminosos...
ExcluirQuero saber se o livro fala sobre a infância dos criminosos.
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